O processo de tomada de consciência é interessantíssimo, constante como as rodas de um moinho, que a cada instante recebem a energia das águas em suas pás, movendo a roda e colocando em funcionamento uma intrincada engrenagem. Com isso, posso dizer que o nosso processo de tomada de consciência intelectual nem sempre acompanha a tomada de consciência moral. Ocorrendo frequentemente uma acirrada cobrança, razão de divergências no nosso convívio social, pois, queremos que todos tenham compreensão idêntica a nossa, o que é impossível. É provável que a pá onde esta nosso companheiro de jornada, de quem cobramos essa ou aquela atitude esteja, ou abaixo ou acima da nossa, portanto a roda da vida oportuniza a ele uma compreensão maior ou menor.
E sendo assim, existem aqueles que, ao receberem a força das águas, giram, e giram por várias vezes, sem tomar consciência do que vivenciam, agindo mecanicamente, em geral, ausentes da própria existência, entretidos com o que se passa num mundo distante ou na vida alheia, vivendo e intrometendo-se nas experiências de terceiros, com frequência na dos seus familiares.
As leis da vida são simples, a questão é que nem todos as veem, apenas as enxergam, o que é bem distante um fator do outro. Estão ausentes e não sabem, como crianças em sala de aula, riem ou choram dos acontecimentos que geralmente elas mesmas produzem, mas insistem na ausência no processo de viver. Retardam a tomada de consciência, dispersos em jogos sociais e psicológicos que não levam a bom termo. Crescem lentamente, repetindo inúmeras vezes a mesma conduta.
Um bom exemplo, quando estamos diante de uma construção antiga, tomamos consciência de que estamos em um espaço entre o passado e o presente, onde uma história esta escrita nos tijolos, no gesso, na madeira, nas pedras, e nós não temos consciência disso.
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